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Hoje é um dia muito especial para várias nações: Reino Unido, Canadá, Austrália, Nova Zelândia, Jamaica, Barbados, Bahamas, Granada, Papua-Nova Guiné, Ilhas Salomão, Tuvalu, Santa Lúcia, São Vicente e Granadinas, Belize, Antígua e Barbuda e São Cristóvão e Nevis.
O que une todos estes países? O seu chefe de estado: a Rainha Isabel II.
Hoje, dia 6 de Fevereiro de 2017, a Rainha Isabel II torna-se a monarca viva há mais tempo no trono em todo o mundo.
Esta efeméride, com dimensões à escala planetária, diz muito deste “sacerdócio” que “Lilibet” assumiu aos 25 anos, após a morte prematura do pai. Parece que todos nós, independentemente da nacionalidade, fomos habituadas a ver Sua Majestade não só como Rainha dos Britânicos, mas também como se fosse a “nossa rainha”.
O seu reinado tem acompanhado várias gerações que a reconhecem como legítima representante dos seus povos. Legitimidade que se fundamenta no seu sangue e no Parlamento, mas, como se não bastasse, também na forma exemplar como tem exercido a sua missão.
Pessoa integra, com desprezo pelo escândalo e mexerico, e com uma determinação extraordinária no cumprimento do dever. Dedicou toda a sua vida, que passou por várias amarguras, ao serviço, aceitando desde cedo o testemunho que o pai lhe passaria. Podemos questionar se tinha outra alternativa. Tinha. O seu tio teve.
Isabel II quis o trono, qual cadeira de serviço, sabendo que enfrentaria as maiores dificuldades. Não as negou. Tinha um povo para defender e servir.
Estas características, a sobriedade e dedicação, fascinam homens e mulheres de todas as idades e tempos, de todas as partes do mundo.
É provável que aqueles que estão condenados a viver em república, como nós, sintam mais afinidade com esta Rainha, uma vez que nos seus países não conseguem ter uma referência de estabilidade e um reduto moral, porque todas as instituições estão sujeitas ao desmando da “oligarquia” política.
A falta que nos faz uma Rainha assim…
Decidiu passar o dia na residência de Sandringham, onde o pai, George VI, morreu prematuramente há 65 anos. É assim que faz sempre. Como a Casa Real recordou: o dia “não é de festejos”.
É esta humanização que torna a “chefia de estado Real” tão próxima dos cidadãos. O dia da morte de um familiar, principalmente quando prematura, é sempre recordado com saudade em qualquer família. Na Família Real Britânica também é assim.
Naturalmente que há festejos um pouco por todos o país para celebrar o Jubileu de Safira da monarca, como as tradicionais salvas de canhão, mas a marca mais forte deste dia é o amor de pai e filha, inseparável do amor pela pátria, eternizado pelo belíssimo colar de safiras que George VI ofereceu a “Lilibet” no seu casamento (pode ser visto na fotografia oficial do Jubileu).
Diogo Tomás Pereira
Membro da Comissão Executiva da Causa Real
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