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Mudar a bandeira!

por João Távora, em 01.12.13

(...) A função do estandarte nacional é unir os cidadãos em volta de um símbolo imediato e inspirador. Com todo o respeito (dado que a lei pune o desrespeito), a única coisa a que o estandarte local nos inspira é a lamentar o gosto dos consultores de marketing do Partido Republicano, e o azar de o Partido Republicano ter um dia trans- formado Portugal no seu pátio das traseiras. Nações prósperas possuem bandeiras, digamos, bonitas, capazes de suscitar um sentimento de pertença e, dentro do possível, coesão. Ocorrem-me os Estados Unidos, o Japão, o Canadá, Israel, a Inglaterra, a Coreia do Sul e, esticando a corda, o Montenegro, lugares onde a máxima de Kennedy não é mera retórica. Perante a bandeira cá de casa, que sem surpresas gerou imitações no Bangladesh e no Burkina Faso, só apetece perguntar o que é que o nosso país pode fazer por nós. E responder de seguida: mudar a bandeira, pelas alminhas. (...)

 

lberto Gonçalves hoje no DN

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5 comentários

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João Bettencourt a 15.12.2013

Caro João Távora,

A bandeira nacional é um símbolo adoptado pela maior parte dos portugueses como seu. Independentemente da sua beleza ou falta dela, representa a nação em todos os fóruns nacionais e internacionais onde Portugal está presente.

Ora eu, que sou monárquico há pouco tempo mas com ideias firmes, não vejo a utilidade da causa real publicar aqui neste blogue textos que ataquem ou denigrem símbolos nacionais. Não será isso contraproducente? Que ideia transmitirá a falta de consideração pelo símbolos nacionais, republicanos é certo, mas nacionais?
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José Carlos Couto a 08.07.2015

Exmo. Senhor
Dr. João Bettencourt:

Respondo aos comentários que V. Exa. fez sobre a atual Bandeira da República.
Para mim, que sou também monárquico, a Bandeira verde, encarnada nada representa, ou melhor, representa, isso sim, a Bandeira da Carbonária, com algumas, poucas, alterações. Eram carbonários e maçons aqueles "bons primos" que no Terreiro do Paço, à traição, assassinaram Sua Majestade El-Rei D. Carlos e Sua Alteza Real o Príncipe D. Luís Filipe.
Portugal nasceu no século XII como uma Monarquia. Até ao 5 de Outubro de 1910, Portugal teve diversas Bandeiras Nacionais e por sinal, todas bonitas.
Sem de modo nenhum, querer ofender V. Exa. convido-o a consultar, na Internet, 3 sites:
- As Bandeiras de Portugal ao longo dos séculos.
- A bandeira da Carbonária.
- O comentário que Fernando Pessoa fez sobre a atual Bandeira da República.

Os meus melhores cumprimentos,

José Carlos Couto
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João Bettencourt a 08.07.2015

Exmo. Sr. José Carlos Couto,

Permita-me que comece por esclarecer que eu não sou filiado em nenhuma associação monárquica nem na Causa Real. Digo isto para evitar confusões de identidades que poderiam surgir por eu ter um homónimo meu como membro destacado da Causa Real.

Posto isto, em relação ao tema da bandeira, tenho a dizer que entendo perfeitamente a sua posição. Para mim, a bandeira republicana simboliza aquela nefasta mudança de rumo que a nação sofreu em 1910 que todos nos, monárquicos, pretendemos reverter. Mas, é um símbolo do Portugal de agora e
por isso, a meu ver, merece o respeito de todos os portugueses, dos que não lhe reconhecem legitimidade ou mesmo dos que a abominam. Esta é a minha posição apesar de, como monárquico, ter a esperança de ver um dia a bandeira azul e branca tomar o seu lugar.

Para terminar, gostaria de chamar a atenção para um comportamento dos monárquicos que eu creio ser contraproducente para a nossa causa: o ataque constante ao regime e aos símbolos da Republica. Eu, ao contrario de talvez alguns monárquicos, acredito que a restauração monárquica e perfeitamente possível em uma ou duas gerações. Para isso, temos de conquistar a maioria dos portugueses, convencendo-os das vantagens da monarquia parlamentar sobre a republica. Isto temos de fazer principalmente através de mensagens positivas sobre a monarquia e não através de mensagens pessimistas ou rancorosas sobre o actual regime. Quer queiramos quer não, a maior parte dos portugueses são republicanos, muitos mais por ser o único sistema que conhecem do que propriamente por convicção. Esta maioria é o nosso "campo de batalha" e não me parece sensato tentar conquistar-los atacando aquilo que eles tem como referencia. Simplesmente, temos de mostrar-lhes uma alternativa melhor.

Com os melhores cumprimentos,

João P. Bettencourt



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José Carlos Couto a 09.07.2015

Exmo. Senhor
João Bettencourt:

Respeito as suas convicções. Se me permite, a maior parte dos portugueses, na minha opinião, não são republicanos, são monárquicos. Ao longo do nosso tempo, o Povo, repito o Povo, sempre demonstrou a sua profunda afeição à Monarquia. Para não me alongar demais, recordo apenas o que se passou durante o século XIX. A dada altura o povo de Lisboa, suspeitando (se calhar com muita razão) que alguns dos Infantes, filhos da Rainha D. Maria II e do Rei D. Fernando II, teriam sido envenenados, juntaram-se à porta do Palácio das Necessidades e à viva força queriam fazer justiça pelas próprias mãos. Este é apenas um dos exemplos que me veio à memória. Há mais.
O que se passou e continua a passar com a 1ª, 2ª e a 3ª República é fácil de explicar. Chama-se CENSURA. Qualquer destas Repúblicas, alguma vez, nos ensinaram nos bancos da Escola, quem participou no Regicídio, quem eram os homens que implantaram a República? Neste espaço, eu sei que não me posso alongar, contudo, digo-lhe: eram todos maçons e carbonários. Como sempre, em todas as ocasiões, há algumas "ovelhas ranhosas", foi o caso do famigerado "monárquico" José Maria de Alpoim e outros.
Quanto à esperança que V. Exa. tem, em ver de novo A Bandeira Azul e Branca, hasteada nos edifícios nacionais, nada tenho contra. A Bandeira Azul e Branca é lindíssima, mas contém um senão. Como saberá esta Bandeira, representa a Monarquia Constitucional e esta desde 1834 a 1910 foi, quase sempre dominada, por políticos maçons. De maçons já tivemos que chegue e que sobre. Bastará ver onde nos levou esta 3ª República.
Na minha modesta opinião, não creio que seja possível mudar o regime republicano para uma Monarquia através de "brandos costumes". Muitos o tentaram fazer, em vão.
Os portugueses sem um Rei é um povo órfão.

Com os meus cumprimentos,

José Carlos Couto.
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António Marinho a 05.05.2014

Por favor, mudemos a bandeira

A bandeira de Portugal ostenta as cores da Carbonária Portuguesa. Este movimento que se iniciou no século XIX em Itália, com algumas afinidades com a Maçonaria, tinha por objectivo lutar contra a intolerância religiosa e o absolutismo e promover ideais liberais. Apesar dos seus princípios tão "politicamente correctos", as metodologias que adoptaram na sua luta são tudo menos defensáveis. Estiveram no regicídio do Senhor D. Carlos e do Príncipe Herdeiro D. Luís Filipe, manchando as suas mãos e a sua luta em sangue. Estiveram no 5 de Outubro e na implantação da República. E impuseram a sua bandeira para representar Portugal.

Esqueceram sete séculos e meio de história, em que Portugal se fez representar com um estandarte branco. Esqueceram o azul que foi acrescentado à bandeira pelas Cortes Gerais da Nação, na sequência da revolução liberal. Esqueceram que o vermelho e o verde, isoladamente, apenas tinham aparecido como cor dominante em estandartes reais, não na bandeira nacional.

E assim Portugal adoptou uma bandeira política, que representa uma organização secreta que actuou em determinado momento.

Com a queda do Nacional Socialismo, caiu a temível bandeira da Cruz Suástica, bandeira política que não representava uma nação, mas um regime. A Alemanha recuperou a sua bandeira nacional

Com a queda do bloco soviético, caiu a bandeira comunista, que não representava uma nação, mas uma ideologia. A Rússia e as demais ex-repúblicas soviéticas recuperaram as suas bandeiras.

Com todo o respeito pela bandeira como símbolo nacional, não posso deixar de desejar que a tradição de Portugal como nação seja espelhada novamente na nossa bandeira, que se pretende representativa de Portugal e não de uma ideologia, qualquer que ela seja.

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