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Diz o deputado Fernando Negrão que as “relações familiares não podem ser preponderantes nas decisões do país”, e tem toda a razão. Engana-se, no entanto, quando logo de seguida justifica tal impossibilidade com o facto de vivermos em República e não numa Monarquia.
Conhecendo, como certamente conhece, o funcionamento das instituições democráticas em países como a Holanda, a Dinamarca ou a Noruega, tal afirmação só pode ter sido um lapso. Seria demasiado grave pensar que se trata de preconceito quanto ao sistema de chefia de estado de alguns dos países com as mais altas taxas de democraticidade, transparência e de igualdade do mundo.
Numa Monarquia o Rei, apoiado pela família real, tem como principal missão servir o país, ser o elo que congrega o interesse de toda a comunidade e os valores que a garantem enquanto tal; é o único que está acima de todos os interesses individuais e partidários. É esse o seu dever e a sua razão de ser; a procura do bem comum.
É disso que precisamos e cada vez mais; uma instituição que esteja acima dos partidos políticos e sempre em defesa de Portugal.
Teresa Côrte-Real
Presidente da Causa Real
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