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As eleições europeias são já este Domingo, dia em que escolhemos os nossos representantes no Parlamento Europeu, ainda que a divisão no hemiciclo seja feita por “grupo político” e não por país.
É já muito comum fazer um apelo ao voto na véspera das eleições, como forma de tentar diminuir a abstenção. Está muito certo e também o faço.
No entanto, pensando naqueles que são monárquicos, e em Portugal são muitos, é preciso ir mais longe, ou seja, vamos votar – dever elementar – mas em quem?
Pois bem, não me cabe a mim, pelo menos no âmbito deste artigo, fazer indicação de voto, mas já me parece necessário reflectir sobre os valores que qualquer monárquico defende e que também estão em jogo nestas eleições.
Um monárquico não deve votar num partido que defenda a consagração na constituição da proibição de escolher se queremos viver em monarquia ou república.
Um monárquico não deve votar num partido que recuse a importância histórica dos representantes dos Reis de qualquer país europeu, com base em radicalismos ideológicos.
Um monárquico não deve votar num partido que manipule os programas escolares de forma a doutrinar os jovens com mentiras brutais que romantizam as repúblicas e a forma bárbara como costumam impor-se (na Europa os regicídios quase que se tornaram moda, bem como as perseguições a membros das famílias reais).
Ainda que seja mais discutível, porque alguns acham que é possível manter uma monarquia numa hipotética Europa federal, um monárquico não deve votar num partido, ou num qualquer candidato, que defenda abertamente o federalismo europeu.
Podemos ser monárquicos por diversos motivos; alguns são por convicção e outros “porque sim”. Num caso e no outro, devemos refletir se o momento das eleições não é, também, a altura de fazermos valer os nossos princípios. Se somos monárquicos “passivos” que dizem “se houver referendo, voto sim”, mas não fazemos nada no caminho para que o dia da restauração chegue, então esse dia não chegará. Domingo não é esse dia, mas pode ser o início da aurora.
Diogo Tomás Pereira
Vice-Presidente da Causa Real
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