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Portugueses,
Desde o final da II Guerra Mundial que não vivíamos um período tão preocupante como o que vivemos actualmente. Todos os dias recebemos imagens de destruição e sofrimento dos povos envolvidos em guerras. O desrespeito pela vida humana atinge níveis que há muito não víamos.
A guerra na Ucrânia e a guerra na faixa de Gaza vão deixar marcas de que não nos livraremos tão cedo.
Os nossos irmãos Moçambicanos sofrem as consequências do terrorismo, que tem provocado milhares de mortos e centenas de milhares de refugiados. As Forças Armadas Portuguesas têm oferecido o seu apoio, mas apenas o apoio humanitário tem sido aceite.
A eficácia do envolvimento das Forças Armadas Portuguesas em alguns conflitos tem sido muito bem vista internacionalmente, apesar das limitações orçamentais.
É tempo de o poder político voltar a dar dignidade aos militares, que são o garante da nossa segurança e soberania.
Por outro lado, não posso deixar de referir a preocupante situação económica.
Parece ser consensual que a carga fiscal atual tem de ser reduzida. Tanto para as pessoas como para as empresas.
A situação é claramente agravada com os aumentos dos preços que sofremos, sem haver um aumento semelhante dos salários. Como consequência deste erro persistente, estamos a perder para a Europa e para o Mundo os nossos jovens, tendo por outro lado uma entrada massiva de estrangeiros, com a consequente exploração de mão de obra barata, sem que haja da parte do Estado uma visível política de integração.
Esta falta de atenção, aliada aos receios económicos presentes em Portugal, pode criar inimizades entre as diversas comunidades que aqui vivem e levar ao aparecimento de grupos radicais violentos.
Portugal tem potencial. Se nós olharmos para as áreas do desporto, da diplomacia, das artes, da economia e das ciências, vemos que os Portugueses estão desproporcionalmente representados internacionalmente, em posições de elite e de chefia.
Portugal é um país de vencedores. Não nos podemos esquecer disto.
Mas, não basta ser vencedores lá fora, precisamos de ser vencedores aqui.
Em tempos de receio, em que o futuro parece tão incerto, é preciso ser exemplo a seguir. É preciso viver com convicção, coragem e determinação em todas as situações da vida.
Temos de aproveitar as próximas eleições, a 10 de Março, e não perder esta oportunidade para exigir à classe politica uma estratégia séria e eficiente para Portugal.
Além disso, não podemos ser indiferentes ao futuro do nosso País e deixar de exercer a nossa responsabilidade de votar. Quem não vota, não tem legitimidade para criticar; quem não vota, entrega a sua responsabilidade a outrem. Não abdiquem da vossa responsabilidade!
Os Portugueses sabem fazer bem! Este ano, fomos responsáveis pela organização da Jornada Mundial da Juventude, cujo sucesso se deveu a uma excelente organização e complementaridade entre a Igreja, o Governo, as Autarquias e a sociedade civil, especialmente a mais jovem. Os nossos filhos Afonso e Dinis tiveram a oportunidade de participar. O Dinis conduziu um grupo internacional de peregrinos e o Afonso participou como voluntário na organização.
Queria aqui expressar a minha gratidão ao Senhor Cardeal D. Manuel Clemente, Patriarca Emérito de Lisboa, ao Senhor Cardeal D. Américo Aguiar, ao Senhor Presidente da República, ao Governo e às Câmaras Municipais, com destaque para as de Lisboa e de Loures, por terem proporcionado aos Portugueses e a Portugal aqueles inesquecíveis momentos de Paz e Comunhão que vivemos no passado mês de Agosto.
É um legado que não devemos esquecer. O reconhecimento do Santo Padre, e de tantas outras vozes, pela excelência da organização portuguesa enche-nos de orgulho e prova que, quando queremos, somos capazes.
A minha Mulher e Eu, gostaríamos de manifestar um sentido agradecimento a todos os Portugueses, pela forma como acolheram e acarinharam o casamento da nossa filha Maria Francisca, no magnifico Palácio Real de Mafra, no passado dia 7 de Outubro. Foi com emoção que toda a família sentiu o apoio de tantos Portugueses para aquela que foi uma celebração de felicidade e esperança.
Queria ainda expressar o nosso agradecimento à Câmara Municipal de Mafra e a todos os voluntários que permitiram que esta cerimónia tenha sido um sucesso. A todos, a minha família espera sempre poder corresponder com serviço e dedicação ao nosso País.
Por fim, queria agradecer a todos quantos colaboraram na organização deste jantar, que é memória histórica dos que serviram Portugal no passado e desafio a servir Portugal hoje. Os bilhetes e o leilão deste jantar irão reverter a favor do Banco do Bebé, instituição que se dedica ao apoio de recém-nascidos em dificuldades e suas famílias.
Juntamo-nos hoje, para lembrar os Conjurados de 1640 que, pela sua coragem e pela sua fidelidade a Portugal, nos devolveram a nossa liberdade de Nação. Aos monárquicos, presentes e não presentes, empenhados na Causa Real, nas Reais Associações ou noutras realidades: honremos o exemplo dos Conjurados, hoje! Não percamos o nosso tempo e o nosso futuro em divisões estéreis, mas juntemos o nosso esforço e o nosso talento, sempre ao serviço da liberdade e da unidade portuguesas, ao serviço do nosso povo e o nosso território, ao serviço de Portugal!
Viva Portugal!
Altezas Reais,
Minhas senhoras e meus senhores,
Caros amigos,
Cabe-me agradecer a Vas. Altezas Reais a possibilidade de partilharmos com a Família Real esta data de celebração na véspera de um dia e de um momento que amanhã mesmo se comemora, o 1 de Dezembro de 1640, data marcante da história pátria.
Uma data que, recordo, deixou tristemente de ser feriado nacional durante alguns anos e para cuja difícil restauração muitos patriotas aqui presentes tiveram ocasião de contribuir.
Hoje mais do que nunca comemorar o 1º de Dezembro é um dever patriótico!
Agradeço também a todos quantos, monárquicos ou não, aqui se encontram hoje, em elevadíssimo número, aliás, e a todos os que tornaram possível este jantar. Faço-o na figura de SAR a Infanta Dona Maria Francisca cuja Associação foi peça absolutamente essencial para o êxito desta iniciativa.
Permitam-me que saúde também, nesta ocasião a Juventude Monárquica Portuguesa que agora comemora 10 anos de vida e de luta pela monarquia e que vive actualmente os mais elevados números de filiação da sua história. Bem-haja JMP! E obrigado à Maria João Lencastre e ao José Carlos Lobão pelo apoio de sempre.
Foram 40, bem menos, muito menos dos que aqui se encontram presentes, os homens que em 1640 permitiram que hoje aqui estejamos como Portugueses.
São 40 os que nós hoje homenageamos e cujo espírito temos de honrar e continuar a seguir: os Conjurados.
E foram esses 40 patriotas que, pondo em risco posses, posição, família e até a sua própria vida, enfrentaram um contingente muitíssimo superior de castelhanos e que, unidos com o povo de Lisboa, estiveram na génese da reconquista do país e da aclamação de D. João IV como Rei.
Hoje, como no passado, e num momento em que a crise que actualmente atravessamos, mais do que política é, sobretudo, uma crise de identidade, é de novo hora de abandonar a passividade, a miopia e a mediocridade e de tomar uma atitude semelhante aos portugueses de 1640. É com esse mesmo espírito de coragem, determinação, convicção e união à volta de uma causa maior do que cada um de nós deve enfrentar o presente para construir o futuro.
E o futuro existe apenas se formos livres. É essa a nossa causa maior.
É esse combate pela liberdade que hoje nos deve mover. Uma liberdade que está ameaçada quando os símbolos pátrios são erradicados da simbologia do nosso país. Anos atrás foi o nosso feriado da independência que foi suprimido. Agora são os castelos e as quinas que caiem por terra. Mas todos nós temos uma bandeira que nos une na nossa história pátria: a bandeira azul e branca carrega toda o nosso passado, representa o presente e é a única que assegura a nossa unidade no futuro.
Dentro desta lógica também a Causa Real tem procurado levar para a frente essa mensagem numa mudança de atitude para a qual a Família Real é absolutamente determinante.
Para além de vermos no nosso Rei e na Família Real uma ligação directa e ininterrupta à nossa história milenar, ao desenvolvimento da nossa consciência enquanto portugueses e à nossa independência enquanto Nação, vemos também no Senhor Dom Duarte, hoje como no passado, esse espírito de luta, de defesa da liberdade, de que deu sempre provas.
Quem não se recorda do papel absolutamente determinante que o Duque de Bragança teve na libertação de Timor Leste do jugo indonésio e de todos os esforços que desenvolveu para permitir a continuação da integração de Timor num espaço lusófono de que realmente faz parte?
Hoje, consolidada que está a jovem democracia timorense, é de novo Portugal que se volta para o seu Rei, como único garante da sua continuidade.
Contam os Portugueses portanto com a Família Real nessa luta pela liberdade que alguns nos tentam cercear ou, pura e simplesmente, eliminar.
Permitam-me que dedique breves palavras à Causa Real e na sua posição de apresentação de uma alternativa política de regime para o País.
A Causa Real não sendo nem pretendendo ser um partido político não abdica contudo dos princípios de defesa da Pátria e de restauração da monarquia.
O nosso projecto, o das Reais Associações e da Juventude Monárquica que federamos é claro, firme, inamovível e resoluto: pugnamos pela unidade do movimento monárquico, servimos para apresentar propostas aos Portugueses, lutamos pela defesa dos direitos, liberdades e garantias do nosso Povo e pela possibilidade dos portugueses fazerem escolhas através de nova legislação eleitoral que permita a real representação dos eleitores.
Defendemos, pois, a dignificação do Homem, da vida e da Nação Portuguesa.
Mas essa só é possível com o Rei. Só com a restauração da Monarquia seremos livres e independentes.
Termino citando e reiterando o apelo que nesta mesma ocasião lancei no ano passado. São palavras de Pessoa: (...) "Tudo é incerto e derradeiro. Tudo é disperso, nada é inteiro! Ó Portugal, hoje és nevoeiro... É a hora!"
Peço que se juntem a mim bebendo à saúde de SS.AA.RR. os Duques de Bragança, ao Príncipe e aos Infantes de Portugal que, encarnando a nossa história, representam uma instituição que será sempre um símbolo de esperança para o futuro de Portugal.
Viva Portugal! Viva o Rei!
Lisboa, 30 de Novembro de 2023
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