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Altezas Reais,

Minhas senhoras e meus senhores,

Cumpre-me agradecer a Vas. Altezas Reais a possibilidade de partilharmos com a Família Real esta data de celebração na véspera de um dia e de um momento que amanhã mesmo se comemora, o 1 de Dezembro de 1640, data marcante da história de Portugal e sem a qual não existiríamos hoje enquanto Estado.

Ultrapassados que foram tristes acontecimentos de um passado recente em que o 1 de dezembro deixou de ser feriado nacional durante alguns anos e reposta que foi a solenidade da data, é tempo de relembrar que há que comemorar o 1º de Dezembro  como um dia marcante da história pátria! É nesse sentido que hoje, véspera da histórica data, aqui nos reunimos.

Agradeço, também, a todos quantos aqui se encontram, em número muito elevado, aliás, e a todos os que tornaram possível este jantar. Faço-o na figura de SAR a Infanta Dona Maria Francisca cuja Associação tem sido desde há dois anos peça essencial para a continuação do êxito desta iniciativa.

Permitam-me que saúde também, porque a sua dedicação foi absolutamente essencial, a Maria João Lencastre e o José Carlos Lobão pelo inexcedível apoio dado na organização deste evento.

Em 1640 foram 40 os patriotas que permitiram que hoje aqui estejamos como Portugueses.

São pois 40 os que nós hoje aqui homenageamos e cujo espírito temos de honrar e continuar a seguir: os Conjurados.

E foram precisamente esses 40 portugueses que, pondo em risco posses, posição, família e até a sua própria vida, enfrentaram um contingente muitíssimo superior de castelhanos e que, unidos com o povo de Lisboa, estiveram na génese da reconquista do país e da aclamação de D. João IV como Rei.

Hoje, como no passado, e num momento em que a Portugal atravessa, a exemplo da restante Europa onde se insere, uma crise de identidade e de ausência de valores, é hora de abandonar a passividade, a miopia e a mediocridade e de tomar uma atitude semelhante aos portugueses de 1640. É com esse mesmo espírito de coragem, determinação, convicção e união à volta de uma causa maior que cada um de nós deve enfrentar o presente para construir o futuro.

E o futuro existe apenas se formos livres. A liberdade é a nossa causa maior. Sem ela não há Monarquia e sem ela não existe Portugal.

Há três anos atrás, aquando do início das funções de presidente da Direcção Nacional da Causa Real, enfatizei que o combate pela liberdade, hoje seriamente ameaçada, é aquele que nos devia mover nos anos vindouros.

Infelizmente os acontecimentos um pouco por todo o mundo vieram a dar-nos razão. Deparamo-nos diariamente com crescentes atentados às liberdades de expressão, de reunião e de manifestação e, a par, ao regresso da censura nas redes sociais e de práticas completamente contrarias às tradições dos povos, às suas culturas e identidades nacionais.

Em Portugal, ultrapassados que foram os gigantescos erros de erradicação de feirados e de símbolos pátrios, revela-se hoje, mais do que nunca, como absolutamente imperiosa o necessidade cívica de atenta vigilância por parte dos portugueses em geral e dos monárquicos em particular, em relação às suas liberdades, e, a estes últimos em particular, o dever de se mobilizarem à volta da nossa bandeira azul e branca, a qual carrega toda o nosso passado, representa o presente e é a única que assegura a nossa unidade no futuro.

Foi essa a lógica que norteou o nosso mandato na Causa Real, o qual termina em Março do ano vindouro, e durante o qual a organização procurou ser portadora da mensagem de numa mudança de atitude e de defesa da preservação dos valores nacionais, para os quais a Família Real é, diga-se, absolutamente determinante.

Para além de vermos no nosso Rei e na Família Real uma ligação directa e ininterrupta à nossa história milenar, ao desenvolvimento da nossa consciência enquanto portugueses e à nossa independência enquanto Nação, vemos também no Senhor Dom Duarte, hoje como no passado, esse espírito de luta e de defesa da liberdade, de que deu sempre provas, quer em Portugal, quer em distantes regiões do mundo.

50 anos depois do 25 de Abril e na iminência de novas ameaças contra a liberdade e a democracia portuguesa, é de novo Portugal que se volta para o seu Rei, como único garante da sua continuidade e da defesa da sua história, cultura e tradição.

Contam os Portugueses portanto com a Família Real nessa incessante luta de que tem sabido dar provas ao longo das últimas décadas.

Permitam-me que dedique breves palavras à Causa Real no momento que estou aqui pela última vez enquanto presidente da Direcção do movimento.

Desde o início procurámos deixar clara a nossa posição através da apresentação de uma alternativa política de regime para o País.

O nosso projecto foi desde sempre claro, firme e resoluto: pugnamos pela unidade do movimento monárquico, servimos para apresentar propostas aos Portugueses, lutamos pela defesa dos direitos, liberdades e garantias do nosso Povo e pela possibilidade dos portugueses fazerem escolhas através de nova  legislação eleitoral que permita a real representação dos eleitores.

Defendemos, pois, a dignificação do Homem, da vida e da Nação Portuguesa.

Mas essa só é possível com o Rei. Só com a restauração da Monarquia seremos livres e independentes.

Faço pois votos de que os novos dirigentes que vierem a ser escolhidos no Congresso da Causa Real, que terá lugar no próximo ano, possam traduzir esse propósito de unidade do movimento mas que o façam com sentido de responsabilidade e com pensamento positivo.

Peço que se juntem a mim bebendo à saúde de SS.AA.RR. os Duques de Bragança, ao Príncipe e aos Infantes de Portugal que, encarnando a nossa história, representam uma instituição que será sempre um símbolo de esperança para o futuro de Portugal.

Viva Portugal! Viva o Rei!

 

Lisboa, 30 de Novembro de 2024

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Bem vindo ao Blog daCausa Real, um contributo para discussão de um Portugal com futuro. A Causa Reall coordena, a nível nacional, o movimento monárquico, tendo como objectivo principal a promoção de uma alternativa política para Portugal.


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