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Portugal também tem um Rei!

por Causa Real, em 04.12.16

 

A visita dos Reis de Espanha, como de qualquer Casa Real, a Portugal causa sempre um impacto mais forte e afectivo do que a vinda que qualquer outro Chefe de Estado. Porque será?

Julgo que a Instituição Real – a Família Real, se afirma mais facilmente como um referencial da história, da cultura e da identidade de um Povo. E que este capital simbólico que já de si propicia afectividade, ganha hoje relevância ainda maior pela crise por que passam os sistemas político-partidários de todas as democracias. A corrupção e a crise de responsabilidade das classes dirigentes tem afastado progressivamente as novas gerações de uma participação mais activa na vida pública e aberto espaço para todos os populismos e radicalismos que emergem perigosamente em todo o Mundo.
Daí a necessidade de assegurarmos, como no caso da Instituição Real, elementos de agregação e de identidade, perenes, estáveis, indiscutíveis – que existam para além do sistema político e partidário e que gerem um vínculo directo com a Nação.


Os Reis dão, por outro lado, estabilidade, continuidade e notoriedade ao Estado. Ninguém saberá dizer o nome do Presidente da República italiano ou do Chanceler alemão, mas todos conhecem os Reis de Espanha ou a Rainha de Inglaterra. E esta pequena diferença, faz muito num mundo globalizado e mediatizado, onde as influências económicas e políticas exigem o conhecimento e o reconhecimento que é dado pelos valores da continuidade e da notoriedade.


Claro que podíamos também dizer que o Rei é suprapartidário – isento portanto em todo o jogo político da governação e, por isso mesmo, mais capaz de fazer a sua regulação como exigem a maioria das democracias constitucionais. Não é árbitro numa disputa onde já foi jogador de uma das equipas e isso dá-lhe a distância para decidir sem reservas passadas ou premeditações futuras.
Mas esse não é, hoje, o meu ponto. Nem esse nem o da estabilidade que o Rei proporciona permitindo que a governação e o desenvolvimento social e económico se cumpram – não é por acaso que a OCDE destaca que 7 dos 10 Países mais desenvolvidos do Mundo são Monarquias.
E não é esse o meu ponto, porque venho falar de um Rei que não é Chefe de Estado. Mas que poderia continuar a ser Rei dos Portugueses – referencial da nação que somos e que extravasa muito o nosso território para abraçar todas as diásporas que fizemos ao longo da história, que desenvolveram uma cultura e uma língua únicas, presentes em todo o Mundo.


Portugal tem um Rei, uma Família Real de que se poderia socorrer para fazer valer esse Património e essa Cultura, proporcionando novos desígnios de um mundo Português que na sua essência representa uma centralidade e uma estratégia geopolítica muito mais promissoras.
Claro que tudo se cumpriria melhor se este Rei dos Portugueses fosse Rei de Portugal. Mas para os que ainda vivem do preconceito de uma República que não consegue servir e qualificar a democracia constitucional que mais recentemente escolheu como forma de governação, fica o desafio de pensaram se temos o direito de dispensar o valioso papel que, mesmo em República, poderia ser exercido pelo Rei dos Portugueses!

 

António de Souza-Cardoso

Presidente da Causa Real

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Bem vindo ao Blog daCausa Real, um contributo para discussão de um Portugal com futuro. A Causa Reall coordena, a nível nacional, o movimento monárquico, tendo como objectivo principal a promoção de uma alternativa política para Portugal.


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